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Ana Paula Braun, da CPM Braxis comenta sobre a importância dos testes de Software

Testes de Software: É sempre melhor prevenir... 

Disciplina de teste de software promete reduzir falhas no processo de desenvolvimento e, na ponta da operação, minimizar gastos e retrabalho com o sistema já em funcionamento.

O conceito de teste de software não é novo. Há anos as empresas testam os softwares que colocarão em produção para checar se, de fato, fazem o que prometem do modo como foi solicitado. A questão é que, via de regra, isso não acontece, o que significa novos investimentos em correções e redesenho de sistemas, em parte ou inteiros.

A atividade começou a ganhar força no final dos anos 90, com a proximidade do bug do milênio. Naquele momento, percebeu-se a necessidade de verificar se as mudanças realizadas funcionariam realmente. “Na época era um teste de regressão. As empresas tinham que saber se o que funcionava antes continuaria funcionando depois”, lembra Roberto Murillo, sócio-diretor da RSI, empresa especializada em teste e qualidade de software.

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O movimento levou algumas empresas a perceber que quanto mais cedo fossem realizados, mais bugs e gastos os testes poderiam evitar. De lá para cá, a disciplina evoluiu, ganhou metodologias e certificações próprias e, na visão dos especialistas, é tão importante quanto a programação em si.

Definição

De modo geral, os especialistas definem o teste de software como o melhor meio de garantir que o produto final estará plenamente de acordo com o que foi especificado pelo cliente. “De modo geral, os testes partem de dois princípios básicos: funcionalidade e confiabilidade”, afirma José Luiz Rivera, gerente do laboratório de desenvolvimento de produtos da Eccox Software.

No mesmo caminho segue Ana Paula Braun, responsável pela fábrica de software e testes da CPM-Braxis, para quem o “teste garante a entrega do produto dentro dos requisitos do cliente, sejam quais forem”. Na prática, todos são unânimes ao defender que os testes devem ser realizados em todas as fases de desenvolvimento do software, e não apenas depois de sua conclusão.

“Os testes têm que ser realizados desde a concepção do software, com técnicas, ferramentas e profissionais específicos envolvidos em cada uma das fases”, defende Murillo. De outro lado, o executivo reconhece a dificuldade em defender a realização de testes desde a definição de requisitos do sistema. “A questão é que não há um ganho mensurável, já que eliminamos problemas futuros. Como as empresas deixam de gastar, não identificam o benefício, mas ele existe”, defende.

Fase a fase

Na prática, as empresas que realizam testes de qualidade de software costumam dividi-los em várias fases. Para isso, existem modelos de processos a serem adotados em cada uma das fases de desenvolvimento de sistemas, que em algumas metodologias existentes hoje no mercado dividem-se em duas categorias: testes de verificação e de validação.

A primeira categoria abrange o processo de verificação de documentos e das informações coletadas em cada fase do processo de desenvolvimento de software. Aqui se verificam os requisitos, a modelagem funcional, a modelagem interna e se os códigos fonte obedecem as normas e os padrões estabelecidos pelo cliente.

Na fase de validação, todo o sistema e seus componentes são avaliados, de modos que se garanta a qualidade do produto final. Neste ponto, há a validação de unidade, de integração, de funcionalidades, de sistemas, de usabilidade e de aceite.

“No mundo ideal, o desenho dos testes deve nascer em paralelo com a idéia do software. Ao longo do caminho, há que se pensar na construção da solução e em na sua destruição. O bom software tem que passar pelo processo de destruição”, compara Rivera.

Outro ponto defendido pelos especialistas é que um sistema, por mais complexo que seja, deve ser testado desde a sua menor unidade, que deve funcionar de acordo com as especificações, e depois disso cada um das funcionalidades. “Depois se deve testar os componentes entre si e chegar o ponto em que, tecnicamente, o produto funciona”, explica.

A fase seguinte é a integração do sistema a outros sistemas. “É o que chamamos de testes integrados, quando aquele sistema deve interagir com os aplicativos correlatos. É aqui que procuramos reproduzir o ambiente existente no cliente. Só depois de aprovado aqui é que o software será testado no próprio cliente”, diz Ana Paula Braun.


Fonte Computerworld Online - computerworld.uol.com.br p. http://computerworld.uol.com.br/gestao/2008/03/14/testes-de-software-e-sempre-melhor-prevenir/
Autor Redação
Data de Edição 14/03/2025
Data de Captura 14/03/2025

 
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